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Exposição Terreiro de Carlos Miguel
A galeria do Centro de Cultura Contemporânea 9 da Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras recebeu, de 9 de novembro a 28 de dezembro a exposição Terreiro de Carlos Miguel.
Local de eternas partidas e de outras tantas chegadas. Foi espaço de fogueiras e de sacrifícios, caiu com o terramoto para renascer como o conhecemos e nele Carlos e seu filho herdeiro deram de frente com balas republicanas. Símbolo de um poder figurado, por ele passaram muitas convulsões e inúmeras manifestações, tão diversas quanto a história do Terreiro, e em Abril de 1974 a revolução também passou por aqui.
Vigiado, de noite e de dia, por José, o “Reformador”, indiferente às serpentes que o seu cavalo vão pisando, o Terreiro transformou-se num local de encontro e de vida.
Por ele passam os que atravessam o Tejo, indiferentes ao espaço e a quem o ocupa.
Passam polícias e um ou outro contrabandista, misturados com muitos turistas que fazem do Terreiro o epicentro da sua jornada, seja ela fugaz ou prolongada. São inúmeras as selfies, as fotos, as entrevistas e gravações aqui encenadas, transformando cada momento em memórias perpetuadas.
Vemos casais e famílias, namorados e amigos, grupos de desconhecidos, bicicletas e trotinetes e malas cansadas de viajar, todos alinhados num propósito de ao rio chegar.
Vemos gente, muita gente, e em cada vida há um destino, um olhar que ao passar no Terreiro foi pousar.
Carlos Miguel
As fotos foram obtidas através de um telemóvel, a partir de uma porta de sacada da ala ocidental do Terreiro do Paço, no período de 26/10/2019 a 30/03/2022 (período do XXII Governo de Portugal), espaço esse que, curiosamente, foi o gabinete ocupado por Salazar, enquanto Ministro das Finanças (1928 a 1932).
Centro de Cultura Contemporânea 09
Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras